sábado, 27 de março de 2010

* LEVANDO 'PAU' NO HORÁRIO DE ALMOÇO *


Série - 'DE SANTA A PUTA'
Segunda parte


E os dias foram passando... Depois daquela noite em que quase foi pega no banheiro se masturbando, Marie começou a viver uma vida nova, quente e cheia de pequenos detalhes lascivos. Foi fácil fazer o marido acreditar que ela estava com prisão de ventre. Agora podia usar o banheiro com sossego e muito tesão.

Pela manhã, recebera o pagamento e decidira pedir ao patrão a tarde de folga. Já trabalhara muitas vezes após o término do expediente e nunca cobrara hora-extra. Assim que o patrão consentiu que saísse, foi correndo às lojas do centro. Dentro do ônibus, parecia uma adolescente. Eufórica e com as faces em brasa, todo o calor do seu corpo podia ser sentido exalando pelos poros. Aquelas roupas sérias pesavam a cada minuto. As lingeries, da cor da pele e muito sérias, faziam com que se sentisse muito mais velha do que era.

A primeira loja que visitaria seria de roupas íntimas. O marido nunca ligara pra isso. Aliás, nem a via nua. Tudo geralmente se passava no escuro. Montava nela, jorrava esperma e virava já roncando. Compraria peças pra sua própria satisfação. Sentia tesão por seu corpo, depois de tantos anos adormecido.

A vendedora a atendeu com presteza. Marie pediu peças bonitas, sensuais e de preferência com bons preços. Ela sorriu e disse a que traria tudo de melhor qualidade e preço que a loja dispusesse.

Olhava-se no espelho, vestida naquelas peças maravilhosas. Cores quentes que combinavam com o calor do seu corpo. Sentiu sua vulva estremecer quando experimentou um conjunto - preto e vermelho - de calcinha e top. A calcinha tinha uma abertura que deixava sua fenda exposta e o top não cobria os seios, pois não tinha bojo. Apenas o corpo e a sustentação. Não resistiu e enfiou dois dedos na gruta molhada, que implorava por ser acariciada. Nunca pensara de maneira tão devassa. Verificou se a porta estava bem fechada. Sentou-se no banquinho que tinha ali no vestiário e pôde olhar-se enquanto se tocava. Podia ver sua vagina quente, brilhante. Ver os dedos entrando e saindo levou-lhe ao gozo rápido. Estremecendo, sorriu feliz...

Saiu da loja com duas sacolas cheias e cheiro de cio nas mãos. Entrou na loja de roupas e experimentou vários vestidos. Não queria ousar demais. Mas agradou-se imediatamente de um vestido azul escuro, quase preto, tipo costas nuas e comprimento uns dois dedos acima do joelho. Nunca tivera coragem de usar uma roupa tão extravagante. Mas estava disposta ao menos a prová-la. Trancou-se no provador e despiu-se totalmente de suas vestes cafonas. Ao colocar o vestido e mirar-se no espelho, quase não se reconheceu. Estava linda. Pela primeira vez notou que tinha belas pernas, ao vê-las sobressaindo-se do vestido sensual.

Passou um tempão admirando-se. Foi interrompida do seu êxtase pela vendedora, perguntando se estava tudo bem. Ela abriu a portinhola e a moça admirou-se com a sua transformação. Disse que ela estava muito bela. Sugeriu-lhe uns sapatos de salto alto para combinar com a roupa. Marie demorou-se a se decidir. Aquele vestido seria uma escolha muito ousada. Porém, a vendedora conseguiu convencê-la. Aproveitou e comprou uma sandália delicada preta, de tiras fininhas e salto médio. Poderia usar, quem sabe, a sandália com o vestido, de dia, se resolvesse ir trabalhar com a roupa nova.

Quando chegou em casa, ainda faltava muito para o marido voltar do trabalho. Mais uma vez vestiu o belo vestido, admirando-se no espelho do banheiro. Depois calçou os novos sapatos. Não conseguiu se equilibrar sobre os saltos. Não conseguia imaginar como as mulheres conseguiam se firmar naquela fina plataforma. Mas se elas conseguiam, ela também haveria de conseguir. Ficou andando pela casa, às vezes se apoiando pelas paredes para manter o prumo.

Pouco mais de uma hora depois, já havia feito notável sucesso. Depois colocou a sandália de tirinhas. Fizera também uma ótima escolha ao comprá-la, pois sentiu que conseguiria trabalhar o dia todo com ela. No entanto, já se aproximava a hora do marido chegar e ele não podia vê-la naqueles trajes. Trocou de roupa, tirou os sapatos e escondeu tudo muito bem escondido na sua parte do guarda-roupa. Depois deu um sumiço nas sacolas de compras. Ele não poderia encontrar nenhum vestígio de sua transformação.

No outro dia, chegou à quitanda como sempre costumava chegar: roupas antiquadas e pesadonas, em cores fechadas, tornando-a uma figura quase invisível ao mundo. Deu o costumeiro bom dia ao dono do estabelecimento e entrou no banheiro para vestir a bata sobre a roupa, como sempre fazia todas as manhãs. Entretanto, ao sair do cubículo, transformara-se numa estranha para o pobre homem acostumado à sua figura apática e, por que não dizer, patética.

Soltara os cabelos e prendera-os num coque, deixando ver sua nuca de pele macia. Usava agora o vestido que comprara no dia anterior, que trouxera por baixo das vestes usuais. Resolvera-se a mudar de visual quando estivesse trabalhando na quitanda. Contava com a discrição de Seu Joaquim para que o marido não ficasse sabendo. Mas já estava cansada de tanto usar aquelas roupas antiquadas. No entanto, não tivera coragem ainda de sair de casa vestida como estava agora. Os vizinhos iriam estranhar e comentar com seu companheiro. Por isso, saíra de casa usando o vestido e as novas peças íntimas por baixo e as roupas costumeiras por cima.

O quitandeiro, no entanto, quando lhe viu pouco vestida daquele jeito, quase teve um enfarte. A beleza de Marie estava exuberante. Os seios estavam empinados, sustentados pelo sutiã de aro modelador. Se bem que ela nem precisava desse artifício. Mas se sentia bem se vestindo como a maioria das mulheres que conhecia ou via nas ruas. No entanto, não sabia o estrago que tinha feito no pobre homem.

A princípio, ele apenas elogiou sua transformação e beleza, meio gaguejante. Depois, não tirava os olhos dela e suas feições denotavam o tesão que estava sentindo. Ela ficou um tanto constrangida, de início, mas logo se acostumou a seus olhares e aos elogios dos clientes da quitanda, que até acharam que era novata no emprego. Muitos não a tinham reconhecido. Porém, os olhares de Seu Joaquim foram ficando cada vez mais libidinosos. O homem suava, como se não estivesse conseguindo conter seu tesão. E Marie passou a gostar do efeito que havia causado nele. Teve uma hora que ele entrou no banheiro e se demorou mais do que costumava fazer. Marie ficou preocupada de que estivesse passando mal lá dentro.

Quando já se preparava para bater na porta e perguntar se o homem estava bem, ele saiu do banheiro. Estava totalmente despido. Marie ficou escandalizada. Deu um gritinho de espanto e ele olhou-a como se não estivesse entendendo a sua reação. Ela baixou a cabeça, incomodada com a sua nudez. Apesar de estar sem roupas, o homem suava profusamente. Ele passou a mão nos cabelos molhados de suor e veio para o balcão, ficando bem próximo a ela.

Marie tremia que só vara verde, ruborizada com a situação. O pênis flácido de Seu Joaquim estava todo babado, como se tivesse acabado de se masturbar. Pingava ainda um líquido espesso, apesar de translúcido. Sua situação piorou ainda mais quando uma senhora, velha cliente da quitanda, entrou e notou sua transformação. Dirigiu-se a ela, elogiando-a, e pareceu nem reparar a nudez do quitandeiro. Cumprimentou o homem e perguntou pela mulher e filhas. Conversaram animadamente enquanto ela a despachava.

Estava de costas para Marie e ela pode admirar sua bunda e costas tão cabeludas. Tão másculo, diferentemente do seu marido que quase não tinha pelos no corpo. Aí, de repente, sentiu-se excitada. Nunca observara o patrão. Só agora notava que ele ainda mantinha traços de beleza. Corpo quase sarado, apenas uma imperceptível barriguinha. Peitoril forte e cabeludo. Pernas grossas e atléticas, apesar da vida sedentária. E não era um homem feio.

Pareceu que seu Joaquim lhe adivinhou os pensamentos, pois olhou naquele exato momento para ela. Seu olhar era de cobiça e tesão. Visualizou em meio das suas pernas o pênis que voltava a dar sinais de vida. Ficou pulsante, como se lutasse para não ficar duro. Mas ele não conseguiu evitar a ereção. E Marie sentiu umas descargas na vulva ao ver seu pau endurecer totalmente. Ele não parava de olhar para ela, mesmo ainda atendendo a simpática senhora.

Um fogaréu tomou conta do corpo da moça. Levou a mão à vulva, mas não ousou tocar-se ali, por trás do balcão. De repente, passou a imaginar aquele pênis invadindo sua vagina. Começou a suar, também, copiosamente. Estava louca de tesão. Fechou os olhos e sacudiu a cabeça, querendo se livrar daqueles pensamentos pecaminosos. Quando os abriu novamente, Seu Joaquim estava todo vestido. Achou que estivesse ficando doida. De uns tempos para cá, passara a ver homens nus na sua frente.

A excitação que no momento estava sentindo, no entanto, não diminuíra nem um pouco. Ao contrário, cada vez aumentava mais. Aproveitou que não tinha ninguém para atender e entrou no banheiro. Na pressa de ficar sozinha, não percebeu que a tranca resvalou, deixando a porta apenas encostada. Levantou a saia e nem precisou tirar a calcinha, pois havia vestido aquela, da abertura frontal, bem apropriada praquele momento. Sentou-se na privada e abriu bem as pernas. Meteu os dedos na vagina quente e molhada, que pingava de vontade de ser saciada. As badaladas do sino de uma igreja que ficava nas redondezas anunciavam ser meio-dia. E também a aproximação do seu gozo...

Tudo parecia estar acontecendo muito rápido. Mas como sua vida havia sido sempre em câmera lenta, decidiu-se ali, naquele momento, a fazer seu corpo feliz. Parou por um instante e ouviu Seu Joaquim descendo as portas da quitanda - eram cinco grandes portas, a quitanda era a maior do bairro. Sempre fechavam no horário de almoço. Uma a uma foram baixadas e, quando ela ouviu a última bater no chão e ser trancada, voltou a se masturbar e gemer. Queria que Seu Joaquim a ouvisse. Precisava de um macho penetrando-a. Um macho que a visse como mulher, não apenas como um objeto de despejo.

O patrão estremeceu ao passar defronte à porta do banheiro e ouvir os gemidos. Não dava pra crer no que Marie estava fazendo. Percebeu que a porta estava apenas encostada. Empurrou-a de leve e esta abriu vagarosamente. Chamou pela moça e ela não respondeu. Foi quando a viu se masturbando.

Foi tudo muito rápido para que ela tivesse tempo de desistir. Viu o tesão nos olhos do patrão. Viu que já estava nu. Deixou então que ele a puxasse para o balcão e a sentasse lá. Também, num consentimento mudo, deixou que descesse para sua vulva quente e sequiosa. Quando o homem passou a língua em sua fenda, ela sentiu o corpo todo amolecer.

Nunca experimentara algo tão sublime e delicioso. A língua dele - experiente - provocava nela espasmos de prazer que nunca imaginara ser possível. Queria mais. Queria senti-lo dentro de si. E implorou a ele para que a penetrasse. Seu Joaquim se fez de rogado. Abriu-lhe bem as pernas e penetrou-a de uma vez, arrancando dela um gemido animal. Com poucas estocadas, Marie teve seu primeiro orgasmo com um homem. Gozaram praticamente juntos.

Não ousou olhá-lo nos olhos. E quando foi para o banheiro se recompor, seus olhos estavam nublados. Lágrimas em profusão cobriam seu rosto. Silenciosamente, escorriam sem que conseguisse se controlar. Eram lágrimas de felicidade. Havia descoberto que a vida poderia ser vivida intensamente se houvesse de colocar em sua rotina este ingrediente novo: o tesão.


*** FIM DA SEGUNDA PARTE ***


Escrito por LadyM e Ehros Tomasini

quinta-feira, 18 de março de 2010

* DE SANTA À PUTA *


Marie terminava de pôr o jantar sobre a mesa naquela noite. O marido chegara com a cara amarrada, como sempre. Já não sabia mais sorrir. Chegava como um porco e sentava à mesa, como um porco comia e depois como um porco roncava no velho sofá da sala.

Nunca tiveram filhos. Sempre pensava que era 'seca' como o marido lhe fazia acreditar. Na igreja, aos domingos, ouvia o pastor falando sobre ter fé, que se alcançaria a glória. Glória só teria mesmo no Céu. E na Terra, seria só esse sofrimento?

Levantava, trabalhava na quitanda do Seu Joaquim, voltava pra casa. Tudo como autômato. Não sabia mais o que era sorrir de felicidade mesmo. Sorria mais por fingimento.

A vida ali naquela cidadezinha medíocre era sempre a mesma. Casa, trabalho, casa, marido, choro, tristeza... E noites insones. Marie parecia com uma santa mesmo. Nunca reclamava. Nunca falava mal de ninguém, tinha um comportamento irrepreensível.

Mas naquela noite, ao ouvir o marido roncar pelo décimo ano seguido, ela chorou lágrimas silenciosas e quentes. Não suportava mais aquilo. Não queria mais pra ela aquela vida.

Casara jovem, virgem, pura e imaculada. E logo na primeira noite descobriu o significado do sexo. Coisa suja, dolorida e pegajosa. O marido quase a partira ao meio. Passou a odiar o sexo.

Nunca lera um romance, ao contrário de todas suas amigas. Não acreditava em romance, em amor. Dizia que queria viver com os pés no chão e que os romances - tão irreais - embotavam a razão de quem os lia.

Parecia que Marie vivia no século passado. Roupas pesadas, escuras, sóbrias, sempre com mangas compridas. Nunca usava calça. Maquiagem também não. Porém Deus havia-lhe abençoado com um corpo escultural. Firme e jovem. Longas pernas, lindas curvas. Mas ninguém as via. Estavam sempre encobertas por antiquadas roupas. Nada fazia pra realçar aquela beleza quase divinal.

Lábios rosados, olhos azuis, pele branca e cabelos negros como a noite sem lua. Nunca soltava as madeixas, cortava apenas as pontas que já passavam da altura do quadril. Davam um trabalhão danado a ela, e usava-o sempre numa longa trança.

Chorou então, naquela fatídica noite. Chorou muito, até não haver mais lágrimas para chorar. Depois, dormiu como sempre fazia após uma dessas suas depressões. E acordou conformada com sua sina, também como sempre. Mas já não era mais a mesma. Alguma coisa havia mudado nela durante o sono. Só não sabia bem o quê.

Foi trabalhar na quitanda, como fazia todos os dias, e sentiu-se mais jovial, mais alegre. Seu Joaquim até estranhou seu comportamento. Apesar de respeitar muito a jovem evangélica, era um sujeito libidinoso. Percebera suas formas volumosas sob as pesadas roupas desde que a contratou a pedido do marido, que alegou vir passando por dificuldades financeiras. No íntimo achava que ela havia feito sexo gostoso na noite anterior, daí o motivo do seu contentamento. Mas não comentou nada com a funcionária, pois ela poderia pensar que era enxerimento. Marie conhecia sua mulher e suas filhas, e ele também não queria problemas com o marido dela. E o dia passou depressa.

À noite, enquanto se vestia para ir ao culto com o marido, sentiu-se incomodada ao vestir suas roupas antiquadas. Passou algum tempo admirando-se diante do espelho do banheiro, coisa que nunca havia feito na vida. Levantou os seios com as mãos, desejando tê-los mais firmes. E achou horrível aquela moita entre as pernas. Não se depilava fazia tempos. Talvez o tempo que estava sem ter relações sexuais. Procurou uma indumentária mais leve e não encontrou. Prometeu comprar alguma coisa mais jovial assim que recebesse a semana de salário da quitanda. E saiu de braços com o marido em direção ao ponto de ônibus, descendo três paradas depois quase defronte ao templo onde costumavam ir orar sempre que havia assembleias.

Chegaram atrasados e não encontraram mais lugar para sentar. Não sabia por que, o templo estava lotado. Só depois percebeu o motivo: o pastor era novato. Um jovem bonito e eloquente com quem Marie simpatizou imediatamente. Não gostava do antigo pastor, por isso quase não ouvia o seu discurso. Passava o tempo todo de cabeça baixa, orando para o Senhor. Mas iria dedicar a partir de então a sua total atenção ao belo pregador. De repente, sentiu-se ruborizada com esses pensamentos. Nunca ousara pensar em outro homem que não fosse seu marido. Baixou a cabeça, envergonhada. Não queria que o marido percebesse o seu desconforto. Foi quando levantou novamente a cabeça que teve certeza que algo tinha mudado dentro dela. Havia sentido um arrepio na nuca e olhou para trás, em direção à entrada do templo. Foi quando viu um homem totalmente nu adentrar o recinto e se postar a poucos metros dela.

Olhou em volta, para sentir a reação das pessoas que estavam no culto, mas ninguém parecia incomodado com o homem, que aparentava uns trinta e poucos anos de idade. Achou que o Cão a estava tentando e só ela via o desconhecido. Porém, algumas mulheres o cumprimentaram respeitosamente, e isso derrubou por terra a sua teoria. Sim, lá estava aquele homem lindo, mais bonito que o pastor, totalmente nu entre as pessoas dentro do templo. Tinha um livro nas mãos que mantinha cruzadas cobrindo seu sexo. Mas o livro não era uma Bíblia. Tinha a capa preta, como as tradicionais, mas havia outra coisa escrita na capa. Apurou melhor a vista e leu: Kama Sutra. Já ouvira essas palavras, mas não sabia bem o que significavam. Aí o desconhecido olhou em sua direção.

Percebera que ela estivera olhando o tempo todo para ele e cumprimentou-a com um aceno de cabeça e um sorriso delicioso. Marie corou mais uma vez e baixou a cabeça novamente, para o marido não perceber. Entretanto voltou a olhar em sua direção e ele ainda tinha a atenção voltada para ela. Fez novo aceno em forma de cumprimento, dessa vez afastando as mãos que cobriam seu sexo. E Marie viu claramente o enorme pênis em repouso entre suas pernas. Quase que seu coração pula pela boca. Sentiu-se incomodada e cochichou ao ouvido do marido que queria voltar pra casa. Alegou não estar se sentindo bem. Ele resmungou uma imprecação, mas fez sua vontade. Ao sair do templo, Marie ainda deu uma olhada para trás, procurando avistar o desconhecido. Ele estava lá, nu, acompanhando-a com o olhar e aquele sorriso maravilhoso nos lábios.

Marie passou muito tempo se banhando. E nada daquela sensação estranha passar. Os seios estavam intumescidos e sentia uma dorzinha no pé da barriga. Achava que estava para menstruar, mas lembrou-se que não fazia nem uma semana que haviam acabado suas regras. A boca estava seca e sentia um formigamento esquisito no grelo. Queria coçar muito ali, mas evitava essa prática pecaminosa. Mas não se conteve. Untou os dedos com um creme e levou-os à vulva, massageando lascivamente ali.

Foi como se seus dedos possuíssem eletricidade, que se espalhava por eles e sentia pulsando lá no íntimo. O útero enfurecido clamava por isso. E provavelmente até sua alma também...

Entrou num desvario. Esqueceu da vida, dos problemas, do marido, do 'pecado' que estava para cometer. Olhando à sua volta, viu em cima da pia a escova de cabelos de cabo grosso. Nem piscou. Pegou-a e untou-a com creme. Deitou no chão gelado do banheiro que contrastava com sua pele em brasas, abriu bem as pernas enfiou a escova na vagina - vagarosa e profundamente - e se masturbou ofegando. Se existia inferno nem queria saber, pois se morresse sentindo aquele prazer tão imenso, que fazia seu corpo tremer, nem se importava pra onde iria.

Descargas múltiplas faziam Marie entrar num torvelinho de sensações nunca sentidas. Da sua garganta saiam gemidos primitivos, impelidos pela força natural que há nas mulheres em cio. Quando conseguiu se controlar um pouco, sentiu que de sua vulva escorria algo parecido com uma geleia translúcida. Levou a mão a boca e sentiu pela primeira vez o gosto do seu tesão.

Foi tirada do transe quando seu marido bateu na porta com violência.




***FIM DA PRIMEIRA PARTE ***


* Texto escrito por LadyM e Ehros Tomasini