segunda-feira, 27 de abril de 2009

***INTERCÂMBIO SEXUAL EM PORTUGAL III***




Entrei na minha suíte doida por um banho e algumas horas de sono. A noite fora intensa. Enquanto eu me ensaboava ia relembrando os momentos de descoberta e de prazer.

Secava meus cabelos, olhando-me no espelho. Eu nunca disse a homem algum que era uma beldade, mas eu sabia que era inegável que eu possuía um belo sorriso, olhos expressivos e alguns atributos fartos que enlouqueciam os homens.

Lembrava que Bernardo sempre me dissera que o importante era não apenas o corpo, mas também a cabeça. Transar com uma mulher inteligente era então prazer dobrado.
Tomei um copo de suco e deitei naqueles travesseiros fofos que pareciam me chamar e adormeci quase que instantaneamente.

Nem bem fechei os olhos o telefone tocou. Era a recepcionista me avisando que já era uma hora e que eu pedira pra ser avisada. Desliguei o telefone e tentei situar-me. Achei que nem havia dormido!

Escolhi um vestido rosa esvoaçante e sandálias de salto brancas com tiras finas. Maquiei-me levemente, ajeitei os cabelos e desci. Ao abrir a porta do elevador dei de cara com Bernardo. Além de lindo, pontual.

Olhou-me de cima a baixo e chamou-me de linda. Isso me derreteu por dentro. Pegou minha mão e fomos pro carro.

Bernardo levou-me a um discreto restaurante em S. Pedro de Sintra, muito acolhedor chamado ‘A Toca do Javali’. Logo que entramos e escolhemos uma mesa, três empregados nos assistiram. Um tirou os pratos a mais da mesa, o outro trouxe a cartas de vinhos e ainda outro que ajeitou a mesa adjacente à nossa que servia de apoio.

O ambiente romântico é de um daqueles restaurantes que se vêm nos filmes quando galã fará uma proposta de casamento à amada.

A especialidade são os pratos de javali e veado, mas também têm outros pratos igualmente maravilhosos. Pequenas porções são acompanhadas de molhos diferentes. Este restaurante tem uma particularidade, à exceção do queijo e da manteiga, tudo o resto é feito por eles, desde as entradas, os patês maravilhosos, mesmo quem não come um patê, apreciaria aqueles, o pão e acabando nas sobremesas caseiras e deliciosas.

O preço pareceu-me não muito convidativo, duas pessoas se gasta ali no mínimo 50€, porém num dia ou ocasião especial vale a pena. Não é o típico restaurante para ir com os amigos, é algo muito recatado, para quem aprecia boa comida, bom serviço e um ambiente sossegado.

Chamou-me a atenção vários afrescos antigos presentes ali. O que mais se destacou foram os azulejos que decoram o jardim do restaurante. Estes retratam o dia de São Pedro (feriado municipal do ‘concelho’ de Sintra).

Para completar a viagem histórica deliciosa pela qual eu passava, Bernardo levou-me a Quinta da Regaleira. Um lugar com espírito próprio. Situada em pleno Centro Histórico de Sintra, classificado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

O local foi edificado nos primórdios do Século XX, ao sabor do ideário romântico, constituindo um fascinante conjunto de construções, nascendo abruptadamente no meio da floresta luxuriante.
Foi o resultado da concretização dos sonhos mito-mágicos do seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), aliados ao talento do arquiteto-cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936).

A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir. Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios.

Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico, sentir a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, que nos permite descermos à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além.

ainda um fabuloso conjunto de torreões que nos oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, lugares com uma dose generosa de requinte, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.

A Quinta da Regaleira invoca a aventura dos cavaleiros Templários, ou os ideais dos mestres da maçonaria. Principalmente quando se desce o monumental poço que se inicia por uma imensa escadaria em espiral. E, lá no fundo com os pés apoiados numa estrela de oito pontas, é como se estivéssemos imersos dentro da Terra.

Depois, só nos resta atravessar as trevas das grutas labirínticas, até ganharmos a luz, refletida em lagos surpreendentes. São cenários que realmente relembram filmes... Eu sentia-me a própria mocinha dos livros de romance de cavalaria. Impossível não ter dó de deixar aquele lugar, mas enfim, tínhamos que ir.

O percurso de carro não foi longo e nem de longe cansativo. A conversa entre nós sempre fluiu de maneira natural. Descemos do carro, e entramos pelo portão de pedras. Tudo que vi em Portugal relembra a história. Be levou-me pelo lindo jardim, entre a piscina e a entrada de sua casa. Eu não conseguia conter a felicidade que me invadia.

Ele deixara de ser apenas uma aventura [sexual?] pra mim. Não poderia dizer que o amava, mas sentia-se envolvida numa paixão gostosa. Tinham muitas coisas em comum, e isso acabou fazendo com que nos aproximássemos mais.

A sala lindamente adornada com móveis antigos, que sempre fizeram meu estilo, estava impecável. Bernardo mostrava-me tudo, dizendo que queria trocar os móveis por mais modernos. Eu o seguia perguntando sobre tudo, sobre os quadros, os objetos de decoração...

Chegamos à cozinha. Aconchegante, muito bem cuidada e de bom gosto. Perguntei a ele se lembrava o que eu tinha dito sobre a cozinha, quando me mandara fotos da casa. Nem respondeu... Apenas começou a me beijar, encostando-me na bancada da pia.

Ah! Os beijos do Be... Ele me beijava com o corpo todo. Não só com a boca. Todos seus sentidos e seus membros estavam alerta. Que delícia!

Pegou uma garrafa de vinho, abriu a frente do meu vestido e, derramou vinho entre meus seios. Lambia o vinho em meu corpo deixando no caminho um rastro de fogo. Sugava meus seios como se bebesse meu desejo direto da fonte.

Fomos pro quarto, onde tiramos nossas roupas como loucos, num desvario típico de adolescentes, nem parecia que tínhamos tido uma noite tão quente. Ele tem a capacidade de acender o meu desejo.

Eu pedi que sentasse na cama e comecei um oral bem vagaroso... Lambia-lhe o membro, dava sugadinhas na ponta, mordia dos lados. Enquanto sugava tudo, enfiando-o até a garganta, olhava-o com cara de menina levada. Be estava ficando transfigurado, tamanho era o tesão que sentia.

Gozou nos meus seios. Puxou-me pro seu colo e penetrou-me com força, numa só estocada cheguei ao orgasmo.

Nós, com sorriso cúmplice, tomamos um cálice de vinho, e ele convidou-me pra um banho relaxante na banheira imensa.

O banheiro, espetacular. Não imaginava que Be fosse tão romântico. Havia espalhado flores pra todos os lados e pétalas de rosa na água.

Beijava-me com sofreguidão.

Entre espuma e rosas eu fiz uma espanholada no meu macho preferido.

Era delicioso sentir o membro quente em atrito com minha pele. Um óleo finíssimo e muito cheiroso fazia com que o deslize fosse perfeito, e inebriava nossos sentidos.

Fez com que eu sentasse na beirada da banheira e abrindo bem minhas pernas, começou a explorar meu sexo, mordiscando os grandes lábios, lisinhos e preparados pra serem degustados.

A invasão de sua língua na minha vulva parecia tortura. Desejei morrer naquela hora, se pudesse, pra perpetuar aquele prazer.

Matreiro mostrou-me um vibrador... Disse que o brinquedinho seria pra eu lembrar sempre dele.

Introduziu-o em mim, eu gemia sonoramente. Perdia-se em meus seios enquanto me masturbava freneticamente. Não tardou para que eu gozasse copiosamente e gritasse alto. A vantagem é que sua casa fica no alto, com vizinhos um pouco distantes, senão seria capaz de alguém aparecer pra ver o que acontecia.

Colocou-me com muito jeito em seu colo, depois de me lubrificar bem com uma vaselina perfumada e penetrou-me como amante delicado. Um anal inesquecível...

Os movimentos delicados e sensuais excitavam mais ainda com a quentura da água em movimento. Senti que seu membro estremecia e apertando-me mais gozamos intensamente.

Ficamos ali por um tempo. Eu olhando pela grande vidraça que mostrava uma Sintra fantasmagórica como ele sempre havia me dito ser à noite.

Saímos da banheira e ouvíamos os trovões vindos das profundezas do céu e ouvia-se o uivar do vento nas vidraças.

Confesso que sentiria medo se não estivesse ali com o Be. Mas com ele sentia-me segura.
Resolvi que passaria a noite com ele. Já que não sabia quando nos veríamos novamente. Eu sentia vontade de chorar quando pensava que no outro dia estaria longe dele. Será que eu estava me apaixonando mais do que eu imaginara?

Preparamos juntos uma massa, que foi regada a vinho e risadas. Parecíamos amantes há muito tempo. Sempre grudados, fomos pro sofá aconchegante da sala e passamos uma boa hora conversando sobre nossos projetos, sonhos, anseios. Um a um nossos corações foram desvendados como nossos corpos.

Esfriava. Ligou o aquecedor da casa, pediu para que despisse o roupão e levou-me para a cama king-size e cobrindo-me com um cobertor macio e quente. Despiu-se e veio me abraçar.
Não era necessário nem tocar-me intimamente para me excitar. Seu olhar canibal mordia meu desejo, incendiava meu interior.

Disse que tinha uma surpresa. Safado. Esferas tailandesas. Eu sempre tivera curiosidade em saber como era utilizá-las. Sorriu zombeteiro.

Beijava-me, abraçava-me, enlouquecia-me...Que tortura... E aos poucos introduzia as esferas em mim. Eu suspirava profundamente com cada esfera que ele colocava. Misto de dor e prazer, eu começava a delirar...

Não sentia mais frio, estava pegando fogo. Minha pele queimava, minhas faces vermelhas, suor escorria. E Bernardo me beijava...

Não me lembro de ter tido uma noite com tanto prazer como esta. Ele tirou delicadamente as esferas do meu ânus e numa urgência incontrolável penetrou-me num delicioso e tradicional papai-mamãe.

Trancei minhas pernas sob as dele e fui ao céu e ao inferno por muitas vezes. Num turbilhão de emoções chegamos ao clímax. Derrepente ouvi algo que nunca imaginava que ouviria: ‘Lady eu te amo!’...

Será que o caso de intercâmbio sexual estaria virando um caso de amor?

Sem querer pensar na viagem que me levaria pra longe fechei os olhos. Exausta adormeci em seus braços.

=]

2 comentários:

  1. Pensei que não iria actualizar mais este blogue! :)
    Um magnífico texto, volto a frisar...

    ResponderExcluir
  2. partindo de fotos reais, este é um ensaio artístico que gostaria de te apresentar...

    ResponderExcluir

Sejam muito mal-intencionados! Beijos tântricos!