terça-feira, 26 de maio de 2009

***PUTA POR UMA NOITE?***


O marido era um grosso. Qualquer coisa era motivo pra brigas. Parece que adorava bate-boca. E ela, coitada, sempre cuidando da casa, dos filhos. Sempre pensando que morrera para o mundo, o quanto perdera de aproveitar sua juventude. Ainda possuía alguma beleza, mesmo depois de vinte anos de casada e quase avó. No auge dos seus quarenta anos sentia-se vazia, queria mais, algo que a pudesse preencher.


Neste dia, depois de mais uma das longas brigas domingueiras, resolveu sair pra espairecer. Já passava das vinte e uma horas, mas precisava sair pra respirar. Sabia que tinha pernas bonitas e o cabelo longo chamava a atenção dos homens. Por isso, escolheu um vestido que valorizava suas pernas, lavou e perfumou os cabelos e saiu.


Andou, sem rumo... Andava como um autômato. Por vezes lágrimas rolavam silenciosas enquanto caminhava sem perceber pra onde estava indo. Quando deu por si, estava perto do trevo da cidade. Longe de casa, deveria ter andado uns quatro quilômetros.


Lugar iluminado, verde. A prefeitura cuidava bem daquele trevo. Era o cartão postal da cidade. Sentou num dos bancos perto de um poste e olhava os carros passarem rapidamente. Sabia que o marido nem sentiria sua falta, pois bêbado como já estava, passaria ainda mais algumas horas mergulhado na cerveja e dormiria roncando como um porco até o meio dia. Nunca trabalhava na segunda, e suas bebedeiras do domingo eram homéricas.


Os filhos estavam em férias, fora da cidade, nem precisava se preocupar com eles também. Tinha vontade de se jogar debaixo de um dos carros que passavam, ou de uma carreta. Queria acabar com seu sofrimento.Não percebeu quando um carro parou. Um ‘psiu’ a acordou do transe em que estava. Olhou pro carro e viu um senhor, de uns 55 a 60 anos, que a chamava. Pensou ser algum viajante querendo informação sobre algo. Aproximou-se do carro e o senhor perguntou:


- Quanto?


- Como senhor?


- Quanto cobra?


Num átimo uma luz acendeu-se em seu cérebro. Ele pensava que era uma prostituta, dado o avançado da hora e o local solitário. Milhões de coisas passaram-se em sua mente em menos de segundos e imaginou que poderia ter a sorte dele matá-la sem muito sofrimento.


- Duzentos a hora. Respondeu.


Achou que o cara ia reclamar, mas apenas ele abriu a porta do carro e mandou-a entrar. Ela, já sem medo mesmo, porque queria livrar-se de si, ainda disse:


-Adiantado.


Achou que o homem a faria entrar na marra, sob a mira de uma arma ou coisa parecida. Já tinha visto tantas coisas assim! E como estava despida de qualquer medo nem se sobressaltou quando ele abriu o porta luvas e sacou...a carteira.


Deu a ela quatro notas de cem reais. Piscou os olhos pra ver se estava enxergando aquilo mesmo e enfiou as notas na bolsa. Era metade do salário que recebia como secretária!


Entrou no carro e olhou de soslaio pro cara. Perfumado, meio calvo, mas bem vestido. Também pudera, o carro elegante da Honda denunciava dinheiro. O trevo era reduto de motéis, como é comum em quase todas as cidades brasileiras. Alguns mais chique, outros nem tanto. Ele dirigiu-se pro Paradise. Ela conteve uma exclamação. Sabia que ali a hora era mais de cem reais, o quarto mais simples, pois suas amigas sempre comentavam no escritório, principalmente as que saiam com o chefe.


Pararam na suíte ‘presidencial’. Ele nada falava. E ela, curiosa, agora. Entraram e ele trancou a porta. Ela pensou ‘é agora... Que farei?’ Ingenuidade? Não... Apenas não sabia por onde começar. Nem foi preciso.


- Tire a roupa. Ele disse.


Sentou numa poltrona e ficou olhando-a se despir. Ela não sentia vergonha, incrivelmente estava excitada. Adorava sexo, mas o pulha do marido nem sabia tocá-la. Sempre montava sobre ela como um galo. Depois que gozava dormia rápido. E roncava...


Ela se satisfazia sozinha, sempre nas madrugadas, entre choro e tesão reprimidos.


Seu corpo ainda estava com o cheiro do sabonete que usava e os longos cabelos que chegavam à cintura emanava um doce aroma de amêndoas.


Deixou a roupa cair no chão. Peça por peça. Sem nada de strip-tease ou algo semelhante. Parecia um robô, tanto que ele disse:


- Você está há muito tempo na profissão? Porque deve passar até fome se tem esse desempenho com os homens que te comem.


- Não moço, não sou puta.


Ele soltou sonora gargalhada e perguntou:


- Não é mesmo? Hahahahaha... Me diz então o que fazia no trevo? Esperava seu marido, ou ainda quem sabe, seu namorado? Ah... Talvez esperasse seu amante... As mulheres nunca se contentam com um só!


Dizendo isto se despiu rapidamente e ela, perplexa, viu que o seu membro já estava em riste. O único homem da sua vida fora seu marido. Casara virgem, coitada. E nunca tivera coragem de traí-lo, achava que morreria se assim o fizesse. Mas naquela noite estava querendo se matar mesmo, por isso nem raciocinava.


- Ajoelha ai e me chupa.


Tinha como não o fazer? Já que chegara a esse ponto não poderia recuar. Ajoelhou e começou a segurar o pênis do cara, meio sem jeito, mas depois pensou que poderia ser bom pra ela também. Faria tudo o que sempre quisera fazer e seu marido não deixava.


Com a língua começou a explorá-lo. Timidamente no início, mas depois com uma fome voraz. O cara gemia, empurrando a cabeça dela de encontro a ele. Quase engasgava, não estava acostumada.


Derrepente , quando ela achou que o cara ia gozar, ele parou e mandou-a deitar na cama.
Sentia-se sem graça, mas já estava tão acostumada a abrir as pernas pro marido que achou que terminaria logo e se livraria do cara antes das duas horas.


Mas que engano. Pediu pra ela tocar-se pra ele. Queria vê-la gozando. Bem, isso sabia fazer, e bem. Fechou os olhos e começou a tocar-se, apesar da tensão, estava excitada, e começou imaginar que estava fazendo amor de maneira bem romântica... Retorcia-se sobre a cama... Até que sentiu o cara deitando na cama do seu lado, agarrou com força um dos seus seios e abocanhou com violência.


Ela pendia entre a dor, o medo e o prazer. Havia anos e anos de tesão reprimidos ali. Nunca havia sido tocada daquela maneira e até mesmo parecia que o cara estava com raiva... Achou que ia morrer de prazer com aquelas chupadas violentas e meio que mordidas. Não conteve os gemidos, e começou a gemer, gemer...


- Geme sua puta vagabunda! Pensa que sou teu amante... Teu marido tá no trabalho e nem sabe que é um chifrudo... Geme vadia!


E dizendo assim massacrava seus seios. Ela estava a ponto de gritar...Levantou rapidamente e penetrou-a com força, sem dó. Socou tudo dentro dela, e ai, sim, não conseguiu conter o grito alto.


As estocadas fundas, fortes, violentas, mexiam com sua vagina de uma forma totalmente desconhecida. Era bom, dava medo, e doía, mas não queria que ele parasse. Por um momento pensou ter morrido, porque sentiu um prazer tão grande, tão desconhecido, que achou que tinha sido levada ao céu e ao inferno ao mesmo tempo...


O cara, em cima dela... Disse:


- Olha... Você é uma puta bem gostosa, apertada! E ainda gozou comigo, merece até mais do que cobra!


Dizia isso, mas não de maneira satisfeita, parecia bravo, mas com acento de tristeza no olhar. Ele levantou, ela se enrolou no lençol e foi pro banheiro, se lavar. Que banheiro! Um sonho, um luxo, nunca havia visto nada igual.


Quando voltou, levou um susto tão grande, que suas pernas bambearam. O cara, nu ainda, estava com uma arma apontada pra cabeça. Os olhos vidrados, o dedo no gatilho. Não pensou duas vezes. Correu até ele e conseguiu sem nenhum sacrifício arrancar a arma de sua mão.
Quando fez isso, os olhos do homem encheram-se de lágrimas. E ela enterneceu-se por ele.


- Pra que viver? Minha mulher tem um amante, fez eu me embrenhar em dívidas, só pensa em dinheiro...! Minha única saída é a morte. Porque tirou a arma da minha mão? Nem pra me matar presto!


Pegou na mão dele e perguntou se poderia contar algo da vida dela... Parecendo anestesiado, ele apenas acenou que sim, com a cabeça. Então começou a contar sobre tudo que já havia passado, sobre o marido, as dificuldades financeiras, a falta de sexo e de carinho...


Ele parecia ter acordado quando ela contou o que fazia lá no trevo naquela noite. Sua intenção também era se matar, mas ele chegou...


Olhou-a bem dentro dos olhos, viu a sinceridade estampada ali e as lágrimas silenciosas correndo... Passou a mão, delicadamente sobre a face dela e abraçou-a.


Uma transformação surgiu, ali, naquele homem. Pegou-a pela mão, levou-a gentilmente para a cama... Fez com que deitasse e começou a beijá-la desde os pés. Devagar, sem pressa, sem violência. Pareciam carícias em brisa. Leves e excitantes.


Quando chegou ao seu sexo, aspirou lentamente o perfume dela, passou a mão, fez carinhos na virilha e começou a beijar e lamber devagarzinho seus grandes lábios... Abrindo seu sexo com a língua tesa, fazendo com que ela estremecesse como se houvesse recebido uma descarga elétrica.
Explorou-a nessa tortura, por algum tempo, mãos e dedos hábeis, exploravam-na nos recantos mais inusitados... Nunca havia sido tocada assim...


Desta maneira, passaram horas doando-se, um ao outro. E quando saíram do motel, os dois já não eram mais as pessoas tristes e melancólicas que ali tinham entrado.


Combinaram de se encontrar mais vezes e quando ela ia descer do carro, abriu a bolsa, devolveu o dinheiro pro cara [que fez de tudo pra não pegar de volta] e recebeu um beijo ardente...
Agora, vira e mexe eles se encontram. Separaram-se dos parceiros, acabaram com as relações que lhes fazia tanto mal. Cheios de vontade de viver, seus corpos se enroscam e suas almas se namoram.


A mulher do cara levou um pé na bunda, pois o amante não quer mulher pobre, óbvio. E o ex-marido da outra, por já ter sido quase preso, voltou pra Bahia, depois da família ter sido avisada judicialmente que ele estava envolvido em brigas por causa da bebida.


LadyM


BE HAPPY!


=]

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